segunda-feira, 12 de março de 2012

Crônicas de uma mente moldada e partida.

Explicando o novo título...
Ontem eu estava assistindo uma reportagem sobre os "jovens da geração 'Y" (os quais, pela faiza etária, me incluo), e foi mostrado a organização de muitos grupos de "protesto", tipo "Massa Crítica" de Porto Alegre. Aí, eu comecei a expressar o meu ceticismo quanto a estes "grupos" de várias causas e vertentes que surgem e existem.
Como, modéstia à parte, sou uma das raras pessoas que olham pro próprio rabo antes de decretar sentenças a outras pessoas, parei pra analisar que eu nunca me inseri em grupos. Não que eu não tivesse tentado, mas, sem querer culpar terceiros, meus pais sempre desestimularam por algum motivo. 
Na primeira infância, participei de uma reunião para "dançar" Chiquititas com meus amigos de escola, e minha mãe não deixava eu ir ou não me levava aos encontros, não lembro o que era alegado na época, mas sempre foram coisas que as outras crianças e jovens faziam normalmente e que não me eram permitidos. Na adolescência, não pude participar da banda da escola porque não tocava nenhum instrumento e minha mãe não queria me ver "de saia de bunda pro ar nas ruas" fazendo parte do corpo coreográfico. Dentre outros exemplos que não recordo agora, ou recordo mas quero encurtar o texto.
Acho que por ter crescido e me desenvolvido física e psicologicamente bem (relativamente) sem fazer parte de grupos, idealizo que eles não são necessários para o desenvolvimento social. Detalhe, acho que consigo diferenciar "grupos" sociais de "movimentos" sociais. Movimentos são vontades que emanam dos indivíduos em prol de uma transformação individual e coletiva, paralelamente. Grupos são formados para discutir ou agir em prol de um ideal ou uma intenção, em outros contextos, pode até se dizer "dogmas".
O povo se juntar pra incentivar as pessoas a andarem de bicicleta? Ok, legal. Mas grande m**** andar de bicicleta se você vai lá e compra roupas e equipamentos de marcas exploradoras.
A palavra "contra" não é a ideal, mas para esse texto, posso usar que: sou "contra" esses grupos que surgem atrás de mudanças de hábitos tópicas porque a sociedade é um conjunto, e pra transformá-la é preciso pensamento interligado e atitudes completas, e não essas atividades mínimas que se colocam como revolucionárias.
Ok, eu sei que a partir de mudanças pequenas chegamos a grandes transformações, mas esse discursinho tá tão clichê que perde o sentido.
Texto incompleto, e nem sei se será completado um dia.

Assim: "crônicas" porque são textos tópicos, e algum especialista em Literatura defina o termo, por favor;
"uma mente moldada", porque meus conceitos iniciais podem vir de experiências particulares impostas de fora, mas;
"partida" porque procuro entender meus pensamentos e conceitualizações e transformá-las se encontro enganos nelas. Talvez eu nunca vá simpatizar com "grupos", mas se no futuro eles se mostrarem eficientes, jamais deixarei de agradecer e bater palmas. Enquanto isso, continuo vivendo quebrando e reconstruindo meu molde.


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